sábado, 6 de junho de 2015

Mato Grosso: Incra está sem telefone, combustível e o serviço de limpeza, diz sindicato


Por Jacques Gosch*

A Associação dos Servidores do Incra (Assincra), em Mato Grosso, aprovou, em assembleia-geral realizada no último dia 5, estado de greve devido a falta de condições básicas para funcionamento do órgão. A categoria também defende a nomeação definitiva do superintende regional interino Salvador Soltério de Almeida, que responde pela autarquia desde março do ano passado, quando Valdir Barranco (PT) deixou o cargo para concorrer a deputado estadual. 

Segundo o presidente da Assincra, Roosevelt Mota, o telefone está cortado e não existe combustível para os deslocamentos. O sindicalista também lembra que os contratos com as empresas terceirizadas de limpeza e vigilância foram rescindidos e os trabalhadores já cumprem aviso prévio. 

Roosevelt denuncia a reforma do prédio do Incra, situado no Centro Político-Administrativo em Cuiabá, que está em condições precárias, se arrasta há dois anos sem conclusão. “Agora, por conta da crise financeira, a União suspendeu os repasses financeiros. O orçamento está travado. Quem sofre são os servidores que precisam fazer cotinhas para continuar trabalhando”. 

Sobre a efetivação de Salvador, os servidores cobram posicionamento do governo federal. “Queremos que a nomeação seja publicada no Diário Oficial da União. O Salvador não tem substituto legal. Quando ele viaja, o Incra fica sem comando. Isso dificulta todo trabalho”, pontuou Roosevel. 

Outro Lado 
Salvador Soltério de Almeida reconhece as dificuldades enfrentadas pelo Incra, mas atribui o problema a demora na aprovação do orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional. Segundo ele, a crise atinge todas as unidades do país. Pondera que a matéria já foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que os recursos serão liberados na próxima semana. “Todas as dotações orçamentárias estão garantidas”, assevera. 

Além disso, Salvador agradece a preocupação dos servidores em relação a sua efetivação no cargo. De acordo com o superintendente regional, nem os diretores do Incra em Brasília foram nomeadores. “Também gostaria que fosse publicada, mas o assunto foge da minha alçada. A única alternativa é aguardar”.

*Fonte: RD News

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