terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dominado: Deputados que controlam o Incra no Pará se reelegem

Os mandachuvas das três Superintendências do Incra no estado do Pará teem muito a comemorar após as eleições do último cinco de outubro. Todos eles saem das urnas com votações expressivas e reconduzidos ao Congresso Nacional.

O aparelhamento partidário das Superintendências do Incra no Pará é fato notório.  Os atuais Superintendentes do Incra em Belém, Santarém e Marabá são todos indicados por algum cacique político da base de apoio do governo Dilma Rousseff (PT). No governo Lula, estas indicações eram de exclusividade do PT, embora alvo de disputa entre as correntes petistas.

Atualmente o PMDB controla diretamente a Superintendência de Santarém, que detém a maior parte das terras públicas federais do estado. O Superintendente Regional, Luiz Barcellar é indicado do deputado federal José Priante a quem ele se refere como “o chefe”. Priante, que é primo de Jáder Barbalho, obteve 122.348 votos em 05 de outubro, e foi reeleito deputado federal.

Outro campeão de votos foi o deputado federal reeleito Beto Faro: 142.970 votos. Faro, também conhecido como Beto da Fetagri, federação dos trabalhadores rurais no estado do Pará, controla de longa data a Superintendência Regional do Incra em Belém, onde foi Superintendente até 2005, quando foi preso pelo Polícia Federal numa operação que levava seu nome, “Operação Faroeste”, que fazia alusão a um esquema de grilagem de terras na região oeste do Pará.

Por fim, a Superintendência Regional do Incra com sede em Marabá, aparelhada de longa data pela tendência petista “PT pra valer”, do cacique José Geraldo, que obteve 105.151 e também foi reeleito deputado federal. Além dele, Dirceu Tan, filho da ex-superintendente regional do Incra Bernadete Tan, foi eleito deputado estadual com 32.930. Bernadete que também já foi deputado estadual, está inelegível devido a condenações judiciais em processos que responde quando esteve à frente do Incra de Marabá. Recentemente, o MST no Pará denunciou petistas da região da corrente de Zé Geraldo como envolvidos em assassinatos de camponeses e alianças com latifundiários. 
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